quarta-feira, 23 de abril de 2014

A Naturalidade de Amar

Você já tentou ver os outros como simplesmente os outros?
Eu tento. Toda vez me pego percebendo o quanto sou preconceituoso. Eu vejo os outros como a mim mesmo e fico até admirado quando consigo perceber que eles são o que são. As vezes dou de cara com um indivíduo que é de outro lugar, ou é novo onde eu trabalho, e  logo me pego perguntando quem é essa pessoa que vem trabalhar aqui e eu não fui nem apresentado. Eu não conheço. Deveriam ter me comunicado, antes. Pois é... isto já é preconceito. Tudo que a gente tem de fazer é perceber que o mundo é feito de gente e o fato de estarmos nesse mundo, deveria nos levar a aceitar que iremos sempre encontrar gente nova, que é gente nova apenas. Mas, o nosso medo nos coloca de frente para o novo, sempre como desconfiança e por fim surge o preconceito.
Tenho uma amiga de coração.
Ela se chama Carmen San Thiago.
Ela é artista plástica e trabalha com cenário em teatro e cinema.
Adoro o olhar da Carmen. Sempre me parece um olhar feliz.
Mas, estou escrevendo sobre ela para falar de uma qualidade que ela tem que simplesmente me fascina: Carmen não tem preconceito de espécie alguma. O olhar feliz de Carmen San Thiago não tem preconceitos. Enxerga a todos como sendo todos.
A raça, a classe, a sexo, a idade... não importa. Carmen ama e procura amar com o mesmo vigor a todos. E essa forma de olhar qualquer pessoa, se reflete em suas atitudes. Carmen faz amizade como ninguém e todos os amigos adoram essa artista. Carmen recebe em sua casa várias pessoas e todas adoram estar em companhia da mulher Carmen, ela sabe ser anfitriã para com qualquer um.
É claro que eu já vi Carmen chateada com outras pessoas, mas ela se chateia por atitudes agressivas de outras pessoas, não porque ela nasceu assim, ou assado. Não se chateia porque a pessoa resolveu viver de um jeito, ou de outro. Ela não considera importante o nascimento, a condição, ou mesmo qualquer matéria inerente a condição humana.
Estou falando dela, porque acredito que um dia, quando todo mundo olhar para dentro de si, perceberá que esta condição natural que a Carmen carrega para a sua vida, pode ser de cada um de nós. Todos nós podemos apenas amar o outro, sem condição.
Uma vez me disseram que isso é dela e que eu não posso ser ela. Daí, perguntei: sabe como um cientista resolve um problema antes impossível com remédios ou medidas remediáveis? Observando e procurando naqueles que naturalmente, não pecam da mesma forma e depois procurando fazer o mesmo que aquela pessoa, ou individuo faz. Sempre funciona. É hora de seguir os cientistas.
Somos todos pessoas humanas e cometemos erros, mas não pelas nossas condições e sim, porque errar é humano.
Querida Carmen, como eu quero aprender a ser como você é. Pelo menos no que diz respeito ao respeito ao outro. Eu quero amar o outro, como simplesmente o outro.

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