quarta-feira, 23 de maio de 2012


O QUE FALTA AOS ARTISTAS DE HOJE EM RELAÇÃO AOS DOS ANOS 30 E 60?

Minha sobrinha deve estar com saudades destes posts. Por isso resolvi escrever.

Sabem, a semana passada eu tive uma deliciosa conversa com um amigo gaúcho. Ele é jornalista, aposentado e viveu várias coisas durante os anos de chumbo e até hoje, com certeza. Ele é um grande homem e seu nome é Telmo. Seu Telmo é intelectual e sua família toda seguiu o curso deste grande pai. Ele tem três filhas. Lorenza está dodói, operou o pezinho e vai andar de cadeira de rodas por uns bons 3 meses. Por isso que nos encontramos, eu e a Zila fomos visitar nossa amiga intelectual em seu leito de dor. Tem a Milena e também a ..., esqueci o nome. Mas, não importa. O que importa é a conversa com Seu Telmo. Falamos sobre tudo e tudo regado a um ótimo vinho português. Daí, lá pelas tantas, resolvemos conversar sobre música e sobre os grandes nomes. Coincidência ou não, gostamos dos mesmos grandes nomes. Seu Telmo, então, me faz uma pergunta: Jóia, me diz uma coisa, por que você acha que hoje não vemos mais grandes artistas como os dos anos 30 e 60, que, na minha opinião, e acho que você concorda, são os grandes momentos de nossa arte? Completei, e não só na música: cinema, teatro e arquitetura deram um supersalto nessa época. Os de 60 graças a nossa queria Brasília, que estava começando a nascer.

Mas, vamos a resposta. Eu acredito que naquela época existia uma coisa que propiciava este bul cultural: Cultura era valorizada nas escolas. Nunca tivemos uma educação maravilhosa, mas naquele momento, era fato que existiam cursos escolares que união o jovem a cultura. Aprendia-se o português e o latim, o canto orfeônico e a filosofia. Matérias que instigavam a cultura e o saber artístico de cada pessoa. Sendo assim, se entendia mais o que era proposto como arte nova para o povo Brasileiro.

Hoje, infelizmente a educação perdeu esses instrumentos de intelectualidades e por isso o povo não se identifica com a arte intelectual feita no Brasil. Limitando-se unicamente a apreciar superficialmente o que é posto pela televisão, que não lhes dê trabalho  de pensar ou ter que buscar entendimento.

Os artistas estão aí. São muitos. São independentes e criadores de primeira. Mas, não encontram feedback no público, que já não aprecia arte como se buscava apreciar durante os anos 30 e 60.

Bom, minha sobrinha deve ter se amarrado.

É isso aí.

Hoje temos  Fluzão jogando contra o Boca Jrs, É dia de guerra e de guerreiros artistas como antigamente.

Tudo de bom!
Jorge Jóia
PS.: Minha sobrinha podia ver este filme. É maravilhoso.
http://www.youtube.com/watch?v=ijH977Ef5tM

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